Foto por Erick Silva
Texto por Nara Salles
Não quero ser mulher de AlmodóvarTexto por Nara Salles
nem homem
elas choram
perdem os filhos
sofrem
são submissas
matam os opressores
colocam os corpos mortos em geladeiras
são enterradas nos jardins
resolvem cozinhar para dezenas de pessoas
usam salto alto
sempre voltam ao
ponto inicial
se apaixonam até a morte
se perdem em labirintos de paixão
se encontram em abraços rotos
matam e morrem
são viciadas
em drogas e bebidas
são ninfomaniacas
sofrem acidentes
e sobretudo trocam a vida por
um grande amor
mas..................
mesmo sem querer somos TODAS
mulheres de Almodovar
em meio ao ROJO
da vida cotidiana
21 de junho de 2010 às 11:21
Texto lindo. A coisa do "sem querer" me fez revisitar todos os lugares onde as telas enquadraram, e a vida, leve e minuciosamente, copiou com muita de forma sutil, bem como entendo em sugestão de Almodóvar. Parabéns Nara !!!!
24 de junho de 2010 às 08:30
La venas rojas de las mujeres/hombres de Almodovar escojen sobre las aceras. Camiñamos cada dia sobre el cotidiano de nuestros mortos y así vamos Almodoviniando momentos en la pantalla que son nuestros cuerpos. Des/átame, mi sueños fueron parar en la manos de una jovén gitana que dice saber todo sobre mi madre...volando voy volando vengo...así bailan mis faldas, así cantan las brujas para que mi "duende" venga...como dicen los gitanos que venga el "duende"...Lau Santos