Na sutileza dos joelhos
Somos flexíveis e difíceis
Num ritmo frenético
Onde os peitos se chocam
A respiração acelera e o estado
Não se perde
Pareço buscar entrelinhas
A terra e o ar
E as bocas, os braços...
Surgem sem desembaraços
Agora, as frestas se abrem
Um possível envolvimento
Alongando a coluna
Distraindo as tensões
E revertendo as energias
Entra-se num círculo
esquecendo os cabelos.
Incômodos revoltados
na superfície dos pensamentos.
Transbordam emoções
Trafegam solidões
Escorrem dores, sofrimentos,
amores...
amores...
Abraços infortúnios assistidos.
Debato-me sobre o ar.
Retiro-me de situações
Ainda que na escuridão de meus
olhos fechados
Sou atacada entre olhares
e mãos na cintura.
Que longa é a espera!
Que agonia é o meu silêncio!
Eu só queria chegar na frente!
Onde pés e mãos se comunicam,
Se atracam,
Se agarram,
Se deslocam...
E nesse desespero,
Pero, preço,
Tropeço, arremesso,
Escorrego, levanto...
Desejo.
Sou levada ao chão
de corpo inteiro.
de corpo inteiro.
Falta de cuidado,
julgamento, autoridade,
julgamento, autoridade,
Dependência,
Gritos de longe...
Sangue!
Sangue é a coisa
que mais me incomoda!
que mais me incomoda!
Uma neurose.
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