Rojo

Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón nasceu no dia 6 de julho de 1907 em Coyoacán - México, mas gostava de declarar-se filha da revolução (mexicana) ao dizer que havia nascido em 1910. Seu pai, Guillermo Kahlo, era fotografo do governo; sua mãe, Matilde Calderón, uma dona de casa cristã.

Sua vida sempre foi marcada por grandes tragédias; aos seis anos contraiu poliomielite, o que a deixou com uma perna fina e o pé atrofiado. Graças a isso, ganha o apelido Frida Perna de Pau. A partir daí, começa a usar calças e em seguida, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas pessoais. Já havia superado essa deficiência quando o ônibus em que estava colidiu contra um bonde. Frida sofreu múltiplas fraturas e uma barra de ferro atravessou-a da bacia a vagina. Por causa deste último acidente fez várias cirurgias e ficou muito tempo impossibilitada de se levantar da cama.

Começou a pintar durante a convalescença, quando a mãe pendurou um espelho no teto de seu quarto. Frida sempre pintou a si mesma: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". Suas angustias, suas vivências, seus medos e seus amores.

Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido Comunista Mexicano, conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita freqüência temas do folclore e da arte popu-
lar do México.

A sua vida com o marido sempre foi bastante tumultuada. Diego tinha muitas amantes, inclusive Cristina, irmã de Frida – o que levou ao fim seu casamento. Mas Frida não ficava atrás, compensava as traições do marido se envolvendo com homens e mulheres. A maior dor de Frida foi a impossibilidade de ter filhos com Diego, embora tenha engravidado mais de uma vez, as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final.

Em 1937, Frida hospeda em sua casa o refugiado ilustre, inimigo de Stalin e intelectual marxista: Leon Trotski e sua esposa Natália Sedova. A presença de Natália não impediu que Frida e Trotski tivessem um caso durante seis meses.